Catorze versos
O primeiro é assim: fica de parte.
No segundo já posso prometer
que no terceiro vai haver mais arte.
Mas afinal não houve... Que fazer?
Melhor será calar, pois que dizer
nem no sexto conseguirei destarte.
Os acentos errados é favor nao ver;
nem os versos errados, que também sei hacer...
Ó nono verso porque vais embora
sem que eu te sublime neste décimo?
Ao décimo-primeiro dediquei uma hora.
Errei-o. Mas que importa se a poesia,
mesmo que o não errasse, já não vinha?
É este o último e, como os outros, péssimo...
ALEXANDRE O'NEILL
de Alexandre O'Neill – Poesias Completas, Abandono Vigiado
Ed. Assírio e Alvim
voz - Cristina Paiva
sonoplastia - Fernando Ladeira
desvendado - Isabel Teles de Menezes
Autor
Alexandre O´Neill,
pepQ
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Alexandre O'Neill
ResponderEliminarCom a pressa, esqueci-me do meu nome... hehe
ResponderEliminarIsabel Teles de Menezes
beijinhos
Certo. Parabéns.
ResponderEliminarBeijos
Cristina Paiva