A Pátria, de olhos sem fundo...




A Pátria, de olhos sem fundo como dois buracos,
vela o teu corpo e põe-te uma promessa nas mãos frias ...
- tu que foste a força dos fracos,
Tu que foste maior que todas as poesias.
Tu, puro e oculto como as cisternas de água,
tu que eras presente e invisível como a aragem,
tu que continuas a ligar-nos pela mágoa
como sempre o fizeste pela coragem
...

Largos versos irrompem do teu silêncio de granito,
e tu vives inteiro em cada grito,
tu que foste maior que todas as poesias

SIDÓNIO MURALHA
Companheira dos homens


voz: Cristina Paiva

música: Durutti Column

sonoplastia: Fernando Ladeira

1 comentário:

  1. Gosto, como sempre, da vossa escolha.
    E gosto também dos silêncios de granito, como de cada grito...
    Como diz Muralha.
    Mas eu nem sei quem sou verdadeiramente para ir mais longe
    para dizer silêncios,
    porêm,
    sei gritar...
    Beijos

    ResponderEliminar