Encontrei, de noite, uma esfínge.
Não me fez perguntas; nada quis de mim.
As suas asas tinham marcas roxas; as olheiras
desciam pelo rosto. Peguei-lhe nos dedos; puxei-a
para um canto. Não me lembro do que
falámos; a noite descera, há muito.
NUNO JÚDICE
de Poesia reunida 1967-2000, D. Quixote
Nuno Júdice
ResponderEliminarParabéns. Foi ele, foi ele. Mais um pontinho. Brava!
ResponderEliminarBeijos
Cristina