O Poema



I

Esclarecendo que o poema
é um duelo agudíssimo
quero eu dizer um dedo
agudíssimo claro
apontado ao coração do homem

falo
com uma agulha de sangue
a coser-me todo o corpo
à garganta

e a esta terra imóvel
onde já a minha sombra
é um traço de alarme

LUIZA NETO JORGE
Terra Imóvel
Assírio & Alvim


voz - Cristina Paiva

música - Burial

sonoplastia - Fernando Ladeira

desvendado - Paula Saramago

2 comentários:

  1. Cara "Turma B", parabéns.
    O poema é de Luiza Neto Jorge.
    Deseja que o seu nome fique como "Turma B" ou prefere personalizar? Aguardamos a resposta :))
    Parabéns, mais uma vez!
    Cristina Paiva

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