Alentejo
Junta o rio e seu advérbio: nasce um país, com homens, vinho, um pão difícil.
Tenta pronunciar a palavra como se de uma planície se tratasse; depois a terra interminável, a água na sua escassez. E também o sol e o amarelo da terra, entre um arco-íris de ocres e castanhos, dispostos com rigor na tela do Verão.
No alto de um pequeno monte, no centro da palavra, descobrirás então outra cor. A forma será a de uma casa coberta de cal. Pronuncia a cor como se a visses pela primeira vez e como se, ao pronunciá-la, o mundo recomeçasse.
JOÃO PEDRO MÉSSEDER
Ordem Alfabética
Quasi Edições
voz - Cristina Paiva
música – Dinis Costa
sonoplastia - Fernando Ladeira
ilustração - Susa Monteiro
Participação em leitura colectiva: 5 bibliotecários do Alentejo:
Isabel Martins, José Eduardo Biscainho, Maria Paula Santos, Eduarda Marques, Nuno Bentes
Realizado para:
“Nossa Língua - Nosso Chão”
projecto da Direção-Regional de Cultura do Alentejo
em parceria com a Chão Nosso, Crl e Andante Associação Artística
Muito bom, o texto e a realização.
ResponderEliminarGostei imenso, quem me dera poder voltar ao Alentejo agora...
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