Gigões e Anantes
Gigões são anantes muito grandes.
Anantes são gigões muito pequenos.
Os gigões diferem dos anantes porque
uns são um bocado mais outros são um bocado menos.
Era uma vez um gigão tão grande, tão grande,
que não cabia. – Em quê? – O gigão era tão grande
que nem se sabia em que é que ele não cabia!
Mas havia um anante ainda maior que o gigão,
e esse nem se sabia se ele cabia ou não.
Só havia uma maneira de os distinguir:
era chegar ao pé deles e perguntar:
Mas eram tão grandes que não se podia lá chegar!
E nunca se sabia se estavam a mentir!
Então a Ana como não podia
resolver o problema arranjou uma teoria:
xixanava com eles e o que ficava
xubiante ou ximbimpante era o gigão,
e o anante fingia que não.
A teoria nunca falhava porque era toda
com palavras que só a Ana sabia.
E como eram palavras de toda a confiança
só queriam dizer o que a Ana queria.
MANUEL ANTÓNIO PINA
O Têpluquê e outras histórias
Edição: Porto Editora
voz - Cristina Paiva
música: Múm
sonoplastia - Fernando Ladeira
um conto bem à maneira do fantástico António Pina
ResponderEliminaro que e que o sujeito queria transmitir com este poema ?
ResponderEliminarE colocam este poema num livro do 2º ano? Querem que os alunos percebam o quê? Favor de me explicarem.
ResponderEliminarQuando se está a prender a ler, o lúdico é fundamental para motivar o interesse e o gosto pela leitura.
ResponderEliminarPerguntamos, por acaso, o significado de tantas músicas infantis? E esperamos que eles percebam a letra das mesmas?
Um poema muito complicado para crianças tão novinhas. Vai entender o que se passou na cabeça do autor.
ResponderEliminarAs crianças gostam muito desta brincadeira de palavras...
ResponderEliminar