Aquela que se põe à janela em qualquer madrugada,
É aquela que eu mais quero ouvir cantar
Nas noites de trovoada.
Talvez porque a sua pele
Me lembra algo de tão suave
Como o mel.
Ou talvez porque os seus cabelos
Pretos como o tudo no nada,
Me fazem citar sonetos.
E talvez porque os seus olhos,
De tons verdes e esverdeados
Conseguem controlar e ressuscitar os meus sonhos.
Ou porque simplesmente,
É ela que nas noites de trovoada
Consegue com o seu canto reluzente
Transformar aquele medo numa linda madrugada.
LIA COELHO VOHLGEMUTH
voz - Cristina Paiva
música - Björk
sonoplastia - Fernando Ladeira
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