Há que dar às coisas nomes curtos e simples,
para que a palavra nos venha aos lábios
obedientemente canina,
mas o certo
é que lhe poderíamos dar um outro nome
- qualquer um -
Boby, Tejo ou Lassie, fora o amor uma cadela
parida com as tetas maceradas a roçar o chão.
Qualquer nome lhe daríamos, ao amor
e o resultado seria sempre o mesmo:
Um ganido tímido
a morder-nos de cio o coração da noite.
RITA TABORDA DUARTE
Roturas e Ligamentos
Ilustração - André da Loba
Ed. Abysmo
voz - Cristina Paiva
música – Lou Reed
sonoplastia e fotografia - Fernando Ladeira